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Terça-feira, 21 de Agosto de 2007

O Ósculo Lusitano

Não sei se será correcto falar numa etiqueta tipicamente lusitana. Não tenho, tão pouco, o propósito de apresentar um estudo exaustivo sobre a forma como nos relacionarmos, no entanto existem um aspecto particular do nosso trato pessoal que gostaria de salientar: o beijo(s)

Como nota prévia, convém ter presente que a nossa matriz latina aproxima-nos dos nosso congéneres espanhois, italianos ou franceses (e dos seus respectivos domínios colonias). Este temperamento impulsivo, carregado de emotividade e de expressividade é inegável. No entanto o português, ao contrário dos demais, é por definição ciclotímico, ou seja flutua entre a euforia e a depressão com bastante facilidade, por contraste com o optimismo espanhol, o chauvinismo francês ou o narcisismo italiano.

Este nosso temperamento latino traduz-se em coisas tão simples como o gesto de nos cumprimentarmos com dois beijos na face, por oposição aos anglo-saxónicos que geralmente se ficam por um beijo, em regra com maior frivolidade. No seio da própria família real espanhola o cumprimento é feito com dois beijos na face. Em Portugal começou-se a institucionalizar, nomeadamente depois de Abril e com maior predomínio entre as classes altas (realisticamente ou por desejo ascencional), o cumprimento com apenas um beijo na face.

Avanço com uma explicação que me parece plausível. Este hábito, tipicamente anglo-saxónico, poderá ter tido o seu dealbar no decurso das guerras liberais, quando parte da nobreza portuguesa, partidários dos direitos da Rainha, se exilaram em Londres: bastião da resistência liberal. Foram várias as personalidades que por lá passaram, com destaque para o Marquês de Palmela (futuro Duque de Faial e de Palmela), Conde de Vila Flor (futuro Duque de Terceira), entre outros.

Este hábito caiu em desuso até ser desenterrado pelo PREC (Periodo Revolucionário em Curso) na ressaca de expropriações, nacionalizações e ocupações decretadas a partir do célebre V governo provisório, chefiado pelo companheiro Vasco. As famílias mais abastadas viram-se forçadas a abandonar o país, sem serem poupadas a alguns vexames, como prisões arbitrárias, ameaças de morte, etc.  Quando regressaram, a partir dos finais dos anos 80, em pleno consulado cavaquista, pouco mais teriam que os distinguisse dos demais, do que as magras indeminizações que o Estado lhes concedeu. As antigas honras, só foram recuperadas, em pleno, no malogrado desafogamento guterrista, embora não conseguissem ombrear com alguns "self made man" com Belmiro e Amorim à cabeça, que criaram os seus impérios à medida que o Estado ia reprivatizando.

Sem o ascendente financeiro, restava-lhes a educação burguesa, sinónimo de dinheiro antigo e de distinção social face ao novo riquismo sem modos nem educação que estes novos capitalistas representavam. O beijo, entre outros protocolos sociais, ganharam uma nova vida, revigorando-se à medida que o orgulho pelo nome substitui o mérito nas suas credenciais sociais.  É óbvio que o recrudescimento do beijo único é apenas um desses sintomas, no entanto não deixa de ser um aspecto importante a reter. O desejo ascencional encarregou-se de alargar o âmbito deste gesto, sem que os próprios percebam muito bem porquê.

Hoje em dia parece que o snobismo se tornou uma virtude. Já assisti num programa de TV (não me recordo qual era o reality show) a um comentário em que alguém admitia, sem esconder uma pontinha de orgulho, que era snob, justificando o facto por  ter sido educada para tal. A probabilidade dessa pessoa ler estas linhas não será elevada, no entanto poderia apenas registar que a origem parte do termo latino "sine nobilitate". Em Inglaterra, uma vez mais, as listas dos moradores indicavam junto de cada nome a profissão e a classe da pessoa. Por este motivo ao lado dos nomes dos simples burgueses aparecia a abreviatura s.nob., que quer dizer sem nobreza.

Como se percebe, não é motivo para grande orgulho.

 

 

publicado por Rui Romão às 09:00
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Terça-feira, 26 de Junho de 2007

Nos 75 anos da Morte do Rei D. Manuel II

 

 

Uma pequena homenagem para um grande português. 1889-1932

 

 

 

publicado por Rui Romão às 14:47
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Quarta-feira, 30 de Maio de 2007

Portugal na Vanguarda

Não sendo a capacidade inovadora uma característica reconhecida aos portugueses, existem alguns factos, mais ou menos desconhecidos, que  seriam um excelente contraditório a este estereótipo.

Recuemos quinhentos anos. Fomos os primeiros a chegar à Índia por via marítima e ao Brasil. Explorámos a costa africana e chegámos à Ásia. Outros países orgulham-se de façanhas muito semelhante: Espanhois, Holandeses, Ingleses. Agora nenhum país o fez de uma forma sistematizada, organizada e permanente, como Portugal, desenvolvendo uma complexa rede de trocas comerciais e culturais, estabelecendo feitorias, gerindo rotas, etc. Foi o génio do infante e o desígnio da coroa, a que se juntou a vontade popular,  a quem se deve este feito único, naquilo que pode ser entendido como o dealbar da globalização. Teve início no século XV e só teve o seu ocaso às portas do século XXI.

Se o gérmen da globalização é português, a primeira multinacional também nasceu na pátria lusitana. Trata-se da Ordem de Cristo, e o seu "logótipo" estava inscrito nas caravelas que cruzavam oceanos. Era a Ordem de Cristo que tinha a incumbência de desenvolver a exploração de novos territórios e o estabelecimento de trocas comerciais. No fundo era uma empresa "pública" com o monopólio da navegação e comércio ultramarino. Evidentemente que a Ordem de Cristo dependia da coroa. O Infante D. Henrique foi o primeiro Mestre pertencente à família real. Até então os mestres eram eleitos por seus pares. O último fora D. Lopo Dias de Sousa, filho da malograda Maria teles e de D. João, filho de D. Pedro e de Inês de Castro.

No início do século XIX, o Príncipe Regente, futuro D. João VI, haveria de introduzir uma novidade, que mereceria figurar nos compêndios de Ciência Política. Perante a iminente invasão francesa, a família real decidiu transferir a capital para o Rio de Janeiro, com a elevação do Brasil ao estatuto de reino. Com o título de Rei de Portugal, do Brasil e dos Algarves, D' áquem e D'álem mar em África, Senhor da Guiné e da Conquista, Comércio e Navegação da Etiópia, etc, D. João VI manteve a independência do país, mesmo que uma parte (reduzida) estivesse ocupada por tropas estrangeiras. Este facto foi entendido como uma fuga. Eu considero que foi uma medida brilhante, porventura inconsciente, de alguém que ficou conhecido para a posterioridade como um estadista intermitente e inseguro. Não sei se Aristides Pereira se inspirou neste facto quando declarou em 1973, unilateralmente, a independência da Guiné Bissau. No entanto o argumento foi o mesmo: o país é independente, a diferença é que tem tropas estrangeiras no seu território.

Foi preciso chegarmos ao estertor do Estado Novo para se registarem mais factos dignos de nota. Curiosamente, ambos tiveram lugar em 1961 e foram percursores de algo que se começou a banalizar desde então: sequestros de veículos com fins políticos (aviões em particular). O caso Santa Cruz, correu o mundo, graças ao arrojo do Capitão Henrique Galvão e seus correlogionários. O autor da obra "Férias Sem Salazar" capitaneou o assalto ao navio da frota mercante portuguesa, com o objectivo de desviá-lo para Angola e aí originar um pronunciamento militar que resultasse na queda do regime de Salazar. Os seus intentos foram parcialmente bem sucedidos. O seu efeito mediático foi devastador, mas não conseguiu chegar a Angola, ficando-se pelo Brasil, país em que pediu azilo político.

O feito de Palma Inácio não tendo sido tão mediático, nem tão conhecido hoje em dia, não pede meças em termos de arrojo. Inácio desviou um avião proveniente de Marrocos com destino à Portela, fazendo-o sobrevoar, a baixa altitude, no centro de Lisboa e na Margem Sul, largando panfletos subversivos aos olhos do regime. O mesmo regime que colocou caças numa feroz perseguição, que apenas não resultou no derrube da aeronave por a mesma sobrevoar numa altitude muito perigosa do ponto de vista dos possíveis danos colaterais.

No entanto, pessoalmente, considero que a maior inovação até hoje alcançada pelos portugueses deve-se ao Almirante Pinheiro de Azevedo. Digo que é a maior, porque até hoje nunca foi repetida, pelo que a minha opinião se sustenta nessa singularidade. Face à reacção pro-gonçalvista que bloqueava o país, desde o seu tecido económico, passando pelo meio castrense  e também político. Desde sequestros no parlamento, perante a passividade da polícia e das forças armadas, à deflagração de engenhos explosivos e um clima de pré-guerra civil em que o país vivia, Pinheiro de Azevedo, no papel de Primeiro-Ministro, declarou que o Governo tinha entrado em greve, como sinal de protesto perante os condicionamentos de que era alvo e que o impediam de governar. Arrisco um prognóstico: nunca mais teremos outro governo em greve, em Portugal ou em qualquer parte do mundo.

 

Fica o vídeo, a atestar este facto

 

 

publicado por Rui Romão às 19:10
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Segunda-feira, 7 de Maio de 2007

A Revolta do Copo de Três

 

 

Ontem, como hoje, é comum falar-se de um grande desfazamento entre as elites governantes e o chamado povo anónimo que se tem que submeter a realidades que lhe são impostas, e não raras vezes, completamente hostis. A História de Portugal encontra-se repleta destes exemplos. Na maior parte das vezes, geram-se convulsões socias por questões anodinas, consideradas mesmo insignificantes por quem governa, mas que são de extrema relevância para quem se confronta com uma situação que lhe é adversa.

Interpreto esta disfunção à luz da relação entre a Ideia e a matéria. A ideia Hegueliana, que desce à terra para transformar o mundo, confronta-se com a revolução coperniciana de Marx, que vem da terra e das relações sociais que se materializam através da vontade dos Homens para gerar a ideia. São dois paradigmas que marcaram o último quartel do século XIX e que penso ajudam a explicar a diferente visão do mundo consoante se esteja no Terreiro do Paço ou nos socalcos do Douro.

Vem esta questão a propósito da revolução sangrenta que se deu no Porto em 1757 contra a decisão do Marquês de Pombal de proibir a venda de vinho a "avulso". Foi um motim que originou centenas de feridos e algumas dezenas de condenações à morte, próprias de alguém que não olhou a meios para afirmar a autoridade do Estado.

A intenção do Marquês era bondosa. Evitar a degradação da qualidade do vinho do Porto, numa época em que era corrente a prática de toda a espécie de manigâncias sobre este importante produto. O vinho do Porto era uma das principais fontes de entradas de divisas no país, desenvolvendo-se extraordinariamente o seu comércio após a assinatura do tratado de Methuen. Este tratado conferia condições preferencias de acesso ao mercado britânico face aos vinhos provenientes de uma França Colbertista, em troca de uma maior abertura à entrada de lanifícios britânicos. Com a criação da Real Companhia, o estado assumiu o Monopólio do comércio do Vinho do Porto e assim passou a controlar todo o seu circuíto comercial, inclusivamente nos locais de consumo habituais -as tavernas.

Eis um exemplo de uma realidade que parece insignificante à luz do poder - beber um copo de vinho numa taverna - mas que para o povo era algo considerado imprescindível. Tão importante como enterrar os mortos nos adros das igrejas, geradora, a par do descontentamento face aos Cabrais, da Maria da Fonte.

Quando as elites não conseguem compreender a vontade popular dificilmente conseguirão mudar o que quer que seja. A reforma é preferível à revolução, pelo que para reformar é necessário compreender as perspectivas diferentes. As grandes transformações geralmente são concebidas por conservadores, porque são mais adeptos do gradualismo (modelo inglês) por oposição ao modelo revolucionário (francês), onde a lógica é destruir tudo para voltar a construir tudo de novo.

O resultado da política de Pombal ou do Costa Cabral poderia ser o mesmo, agora os meios podiam ter sido outros sem prejuízo dos fins. Ontem, como hoje.

publicado por Rui Romão às 22:00
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Sexta-feira, 23 de Março de 2007

A Coca Cola e o século XX Português

 

 

"Primeiro estranha-se, depois entranha-se", este foi o slogan publicitário criado por Fernando Pessoa, em 1928, para o lançamento da Coca Cola em Portugal. Em plena ditadura militar, onde já pontificava a austeridade do ministro das finanças, Oliveira Salazar (que Pessoa abominava), o projecto foi recusado, com a justificação que criava "habituação".

O argumento não é completamente despropositado. A Coca Cola surgiu como resposta ao sucesso de um vinho de origem italiana, Vinho Marianni, produzido à base de cocaína. Vem-me à memória a frase de Frédéric Bartholdi, criador da Estátua da Liberdade, que referiu que se o vinho Marianni tivesse sido inventado mais cedo teria projectado uma estátua muito maior. Até 1929, a cocaina resistiu na composição quimica da Coca Cola, razão pela qual a resposta das autoridades portuguesas até pode ser considerada progressista.

Já em pleno Estado Novo, a empresa voltou à carga. O concessionário para a Península Ibérica, um russo de ascendência americana mas radicado em França, tentou por todas as vias convencer o senhor de "S. Bento"  a autorizar a comercialização da popular bebida americana. A última das quais, oferecendo uma "comissão" ao presidente do Conselho. Parece que Salazar, cordialmente, disponibilizou os préstimos dos seus seguranças para o acompanharem imediatamente ao aeroporto...

A terceira démarche foi, imagine-se, através do financiamento de uma campanha eleitoral. A frase "obviamente demito-o", proferida por Humberto Delgado na campanha presidencial de 1958, não foi apenas um sinal de luta contra a ditadura, pois resultou de uma "exigência" da Coca Cola (com o envolvimento da CIA ), como justificativo para tão generosa oferta. Álvaro Cunhal, que detestava Delgado, chamou-lhe o General Coca Cola...

Esta tentativa foi tão frustrada com as restantes, não deixando de ser elucidativa da força que as grandes multinacionais detêm e as vias que utilizam para que prevaleçam os seus interesses.

A Coca Cola entraria legalmente em Portugal (nas colónias consumia-se através de contrabando com países vizinhos) em 1977, 49 anos após a primeira tentativa, sem que a sua entrada não tenha sido vista com desconfiança pelas hostes comunistas, agitando a conhecida bandeira da luta contra o imperialismo americano. Esta foi a única batalha ganha pela Coca Cola, numa altura em que o país se começava a recompor do agitado processo revolucionário, e em que era evidente a atitude de maior abertura ao exterior. 

publicado por Rui Romão às 13:02
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Segunda-feira, 19 de Março de 2007

O Marquês da Bacalhoa

 

 

O Marquês da Bacalhoa não consta nos livros de linhagens da nobreza Portuguesa. Nunca existiu ninguém que tivesse ostentado esse título, nem tão pouco se conhecem pretendentes. No entanto,ele serviu de título ao livro mais polémico editado em todo o século XX em Portugal. Nenhum outro teve impacto semelhante nas esferas políticas do país, nem o célebre "Portugal e o Futuro" do General Spínola. O Marquês da Bacalhoa foi escrito por António de Albuquerque, escritor praticamente desconhecido nos dias que correm, e relata a vivência de uma família aristocrática, residente em Azeitão (Palácio da Bacalhoa). Na narrativa são relatados factos pouco abonatórios, onde se contam relações extra-conjugais, lesbianismo e outras pequenas intrigas palacianas. O livro não seria polémico, nem o impacto que viria a ter, não fosse esta obra um autêntico libelo difamatório em relação à família real portuguesa. O "Marquês" da Bacalhoa retratava, nem mais nem menos, que o Rei D. Carlos I (proprietário do palácio da Bacalhoa)e a "Marquesa" Raínha DªAmélia, sendo o livro especialmente cáustico em relação a esta última-acusada de manter uma relação amorosa com Mousinho de Albuquerque e com uma dama da corte. O propósito do livro era, evidentemente, desacreditar a família real, indo ao encontro dos desejos da turba republicana. António de Albuquerque, autor mediocre ao nível de um Guerra Junqueiro, apenas se notabilizou por esse romance supostamente "neo-queiroziano". Albuquerque foi um arrependido amargurado, chegando inclusivamente a depositar num notário uma declaração de arrependimento em relação à Rainha Dª Amélia e ao Rei D. Carlos (este último a título póstumo).  A sua penitência de pouco serviu, numa altura em que já agonizava, pois os ventos da história já sopravam noutra direcção. O seu livro, tal como o célebre "Caçador Simão", apenas tiveram o impacto social (hoje diria-se mediático) pelo facto de irem ao encontro das pretensões republicanas. Quando António de Albuquerque se retratou, em 1921, já a burguesia se passeava pelos corredores do (tumultuoso) poder republicano, pelo que o impacto foi praticamente nulo. Ficou o gesto da Raínha Dª Amélia, que vivendo a sua viuvez no exílio, teve a atitude magnânime de perdoar quem a vilipendiou de uma forma perfeitamente arbitrária e injusta. António de Albuquerque também detém o seu quinhão nas balas do 1º de Fevereiro, mas, façamos-lhe justiça, foi o único que no seu leito de morte teve a lucidez de reconhecer as suas faltas, dando a devida publicidade ao acto .

 

 

publicado por Rui Romão às 14:45
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