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Segunda-feira, 21 de Março de 2011

A Duquesa de Viseu

 

Existem algumas personalidades que apesar de terem sido muito reconhecidas na sua época, foram ao longo dos anos relegadas para um estatuto de anonimato. Hoje vou escrever sobre umas dessas figuras: D. Beatriz, Duquesa de Viseu. Mulher de Dom Fernando, afilhado e herdeiro de D. Henrique "o navegador", teve um papel decisivo na consolidação da monarquia portuguesa no espaço ibérico, abrindo ainda caminho para a grande glória da nossa História que foi a expansão ultramarina. O mais curioso é que esta mulher, apesar de ter sido talvez a mais poderosa da História de Portugal, nunca foi rainha. Não obstante, foi mãe de dois monarcas, ambos notáveis: Dona Leonor a fundadora das Misericórdias e D. Manuel "O Venturoso". Sendo assim, como foi possível esta mulher ter tido tanto poder? Em parte, pelo facto de o seu marido ter sucedido ao infante D. Henrique como mestre da ordem de Cristo e com este morreu novo foi D. Beatriz quem assumiu os destinos da Ordem na menoridade do seu filho varão - D. Diogo. De resto, este último não teve tempo para deixar o seu cunho à frente desta Ordem (que foi a grande dinamizadora dos nossos descobrimentos) porque na condição de chefe da nobreza portuguesa, esteve envolvido numa conspiração para matar o rei (D. João II), tendo sido sentenciado à morte pelas mãos do próprio rei ou de algum de seus algozes, em Setúbal.

O período em que D. Beatriz mais se destacou na condução dos destinos de portugal foi aquando da celebração do Tratado de Alcáçovas (1479), que ao contrário do que se escreve e se diz não foi um mero convénio de divisão do mundo. Foi antes de mais um acordo de paz na sequência da guerra da "Beltraneja". Em linhas gerais, este documento estipulava que o Rei de Portugal (D. Afonso V) reconhecia Dª Isabel como Rainha de Castela, mas que a sua filha casaria com o  filho do herdeiro do trono  - Infante D. Afonso, que viria a morrer numa (misteriosa) queda de um cavalo em Santarém. Para garantir que este acordo seria cumprido, os futuros noivos (então crianças) deveriam ficar à guarda de Dona Beatriz em Moura, no que ficou conhecido como as "Terçarias de Moura". É evidente que este acordo era bastante vantajoso para Portugal. Não fosse o infortúnio que bateu à porta de D.Afonso e este seria herdeiro de todos os reinos peninsulares e assim cumpria-se o sonho de uma união ibérica sob o comando de um Rei Português. 

O papel de D. Beatriz reduziu-se significativamente com a subida ao trono de D. João II (que era seu genro), em virtude do fortalecimento do poder real e da perda de influência dos nobres. Teve que suportar a dor do assassínio do seu filho - que assistiu em silêncio -  às mãos do príncipe perfeito, no âmbito desta mesma política de restabelecimento do poder real ao qual se opuseram os "grandes" do reino liderados pelo seu filho mais velho. Teve a consolação de ver outro filho seu - D. Manuel I - ser rei e pôde ainda assistir à sua glória com a descoberta do caminho marítimo para a Índia.

Uma grande mulher, porventura injustiçada pelos ventos da história. 

 

 

 

 

publicado por Rui Romão às 18:32
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Quinta-feira, 10 de Março de 2011

Os Primeiros 5 Anos

Faz hoje precisamente 5 anos que comecei esta minha aventura na blogosfera. O Dom Afonso Henriques tem sido para mim um espaço de reflexão, onde escrevo sofre a minha visão da nossa história. Esta é a visão de um cidadão, que não tem a pretensão de dar ares de historiador (que não sou), nem tão pouco escrever teses muito elaboradas com recurso a fontes documentais. Tal como as "Farpas" de Eça e Ramalho contento-me com a epiderme, numa escrita sem utilizar outro recurso que não seja a memória de livros que li, de viagens que fiz por este país, os museus que visitei, etc. Como tal, não me admira que por vezes me possa enganar numa data, num nome, num facto, mas para mim isto é a mais- valia de um blog. A escrita instantânea, impulsiva, sem grandes pensamentos do ponto de vista formal, mas com uma grande seriedade na abordagem. Digo seriedade porque não me arrogo do direito de ser dono da verdade. A única verdade de que sou dono é da minha própria, não reivindico outra. Por outro lado, esta escrita despretensiosa e despojada de grandes formalidades permite-nos que sejamos mais sinceros e que não tenhamos tanto apreço pelo politicamente correcto. Ao longo de cinco anos já mudei de opinião sobre algumas coisas que escrevi, mas não foi por isso que rescrevi posts já publicados. Acho que não devemos rescrever a história - à maneira estalinista - e o que acaba por ser este percurso que cada um de nós faz nesta vida, senão o de escrevermos a nossa própria história. E esta história é escrita através da aquisição contínua de conhecimentos que vão abalando os alicerces das nossas certezas. Ainda bem que assim é. Se a aprendizagem não servisse para pôr em causa o saber adquirido, para que serviria afinal? É este o testemunho que gostaria de deixar para a posterioidade, agora que se cumprem os 5 anos do Dom Afonso Henriques.  

publicado por Rui Romão às 08:00
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