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Domingo, 11 de Agosto de 2013

O ABC da Lealdade

A frase que dá título a este texto foi retirada do “Leal Conselheiro”, obra do Rei D. Duarte. Lealdade na Idade média não tem a mesma interpretação que lhe damos hoje. Não tem o significado estrito de um vínculo pessoal, mas de um conjunto de valores relacionados com a ideia de Justiça. Nesta obra, o monarca exara um tratado de ética e moral que devia ser seguido na corte, exigindo aos seus súbditos a vinculação aos princípios que plasmou na sua obra. Este livro, escrito nos últimos anos de vida, parece uma premonição dos problemas com que o Reino se iria debater após a sua morte. Debalde, pois não só os princípios como o próprio testamento do monarca não foram respeitados pelo seu irmão – O Infante D. Pedro - que ficou na regência, afastando a Rainha (que tinha sido designada pelo Rei Defunto) seguindo-se uma Guerra Civil que terminou com a morte do Infante em Alfarrobeira e com o poder a cair de mão-beijada no regaço dos fidalgos que manietavam completamente o jovem e débil monarca D. Afonso V. No entanto, D. Duarte merece bem o título de Rei mais culto da Idade Média Portuguesa, título que disputa com D. Dinis. Neste post vou abordar 3 feitos de lealdade que não se enquadram neste registo amplo definido por El Rei D. Duarte. Vou falar de feitos meio-quixotescos, matéria bruta para ser trabalhada pelo escopo dos escritores românticos, e que, por isso mesmo, ganharam bastante protagonismo no século XIX. Por ordem cronológica, começo pela chamada façanha de Egas Moniz, o famoso aio de Dom Afonso Henriques. Diz a tradição que em 1127 (ou 1129, consoante os textos) estava o nosso primeiro rei cercado no Castelo de Guimarães pelo seu primo D. Afonso VII, quando Egas Moniz se dirige à tenda onde estava sediado o monarca Leones, que se intitulava Imperador, dando a sua palavra de honra de que Dom Afonso Henriques se declarava seu vassalo e que iria pessoalmente à corte do seu primo para selar essa mesma vassalagem. O Leonês achou satisfatória a resposta do aio de D. Afonso Henriques e levantou o cerco. Sucede que Dom Afonso Henriques não cumpriu a palavra dada, e Egas Moniz, face a este acto de rebeldia, deslocou-se a Toledo na companhia da mulher e dos filhos (ainda crianças) com uma corda ao pescoço, como penitente por ter faltado à palavra dada, podo a sua vida e da sua família nas mãos de Afonso VII. Esta história é muito comovente, mas a sua veracidade não é sustentada por nenhum documento, motivo pelo qual sobejem dúvidas quanto à sua veracidade. O segundo caso é também provavelmente lendário. Na guerra civil que opôs D. Sancho II ao Conde de Bolonha (futuro Afonso III), todas as principais Cidade e Vilas do Reino foram tomadas pelos partidários do Bolonhês. Todas menos Coimbra, e talvez por esse motivo terá nascido a lenda de que o Alcaide local, Martim de Freitas, se recusou a entregar as chaves da Cidade aos revoltosos por ter jurado lealdade ao “Capelo”, dirigindo-se pessoalmente a Toledo, cidade onde se exilou D. Sancho II, para comprovar que este tinha entrado no sono eterno. Reza a lenda que colocou as chaves da Cidade no féretro, e que depois a retirou para dar ao seu irmão e sucessor, por considerar que tinha cumprido a sua palavra e tinha sido um fiel súbdito até ao último minuto. O terceiro caso que vou referir é o único do qual existe certeza absoluta de como e quando se passou, acabando, imagine-se, por mudar o nome de uma então vila. Este acontecimento teve lugar em 1847 numa altura em que o país estava em plena Guerra Civil da Patuleia. Os revoltosos tinham como órgão de liderança a Junta Revolucionária do Porto, liderada por José Passos (irmão de Passos Manuel) e cuja chefia militar estava nas mãos do Conde das Antas. O Conde apoderou-se rapidamente do norte do país, não tivesse sido no Minho que nascera o foco contestatário com a “Maria da Fonte”. Tomou a então vila de Viana da Foz do Lima, mas o governador da guarnição militar, quem sabe se um romântico inveterado, inspirado em Martim de Freitas desloca-se por vapor até Lisboa e entrega as chaves da Cidade a Dª Maria II. Tratava-se de um acto estéril, porque o Conde das Antas tomou a então vila, mas a Rainha, também ela com tendência para ceder aos impulsos do coração, achou o gesto tão nobre que não só elevou a vila a cidade como lhe deu um nome mais glorioso – Viana do Castelo (apesar de lá não existir, nem ontem nem hoje, qualquer castelo).

publicado por Rui Romão às 00:00
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1 comentário:
De João Felgar a 23 de Julho de 2022 às 17:29
Caros senhores, eu pergunto de onde veio o D. Afonso Henriques qual a sua origem ? como também João IV, Pedro II, João V, e até João VI, todos estes Reis tem uma origem comum e por isso que era conhecido a Monarquia Portuguesa, pela ligação à Alemanha.

Existem iluminados portugueses, como a Maria Menezes e outros aqui que não entendem o que é a Monarquia, não percebem o que é a Monarquia.

Agora pergunto novamente de onde veio a Origem de Pedro V, Luis I, Carlos I e Manuel II, qual a origem destes Reis ?


Mas os espertos e iluminados portugueses podem estar certos que quem apoia gente com Origem Turca, Caucasaina, são todos traidores à Coroa Portuguesa.

Fico à espera sentado das vossas respostas.

Para tudo nesta vida, é preciso Provas, Documentos probatórios para vós encostar todos a um canto.

D. 0. M. Alberto VII Austriaco. Maximiliani II imp. F. Ferdinandi, nep. Archiduci. Austriæ. Burgundion. et. Felgar, nobiliss. Principi Piissimo. ac. fortisse. fundatori. pacis. Ob. Lusitaniam. prudentia. sua. dum, novandis. Rebus. studeret. in, fide. conservatum, Templum. Jani, in. Belgio, ad. xn. an. clusum. Bohemiam. Silesiam. Moraviam.

João Felgar

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