. A Velha Albion e a Europa

.arquivos

. Setembro 2013

. Agosto 2013

. Junho 2013

. Abril 2013

. Março 2013

. Fevereiro 2013

. Janeiro 2013

. Dezembro 2012

. Novembro 2012

. Outubro 2012

. Agosto 2012

. Julho 2012

. Junho 2012

. Abril 2012

. Março 2012

. Fevereiro 2012

. Janeiro 2012

. Dezembro 2011

. Novembro 2011

. Outubro 2011

. Setembro 2011

. Agosto 2011

. Junho 2011

. Maio 2011

. Abril 2011

. Março 2011

. Fevereiro 2011

. Dezembro 2010

. Novembro 2010

. Setembro 2010

. Agosto 2010

. Julho 2010

. Maio 2010

. Abril 2010

. Março 2010

. Fevereiro 2010

. Janeiro 2010

. Dezembro 2009

. Novembro 2009

. Outubro 2009

. Setembro 2009

. Agosto 2009

. Julho 2009

. Junho 2009

. Maio 2009

. Abril 2009

. Março 2009

. Fevereiro 2009

. Janeiro 2009

. Dezembro 2008

. Novembro 2008

. Outubro 2008

. Setembro 2008

. Agosto 2008

. Julho 2008

. Junho 2008

. Maio 2008

. Março 2008

. Fevereiro 2008

. Outubro 2007

. Agosto 2007

. Junho 2007

. Maio 2007

. Abril 2007

. Março 2007

. Outubro 2006

. Agosto 2006

. Junho 2006

. Maio 2006

. Abril 2006

. Março 2006

Em destaque no SAPO Blogs
pub
Quarta-feira, 19 de Outubro de 2011

A Velha Albion e a Europa

Por estes dias vivem-se dias difíceis na Europa. Chamam-lhe crise financeira ou da dívida soberana, embora, pessoalmente, me pareça mais uma crise de crescimento de um projecto que estagnou. Tal como os casamentos, quando chegam a um ponto onde já não existe nenhuma perspectiva de evolução, o projecto europeu cristalizou quando chegou ao limite máximo a partir do qual o projecto europeu implicaría a perda de soberania dos Estados que a compõem.

Falando do Reino Unido, é voz corrente a sua pouca disponibilidade para assumir grandes compromissos no seio da Europa. É uma estratégia arriscada, tendo em conta a exiguidade dos Estados europeus face à elevação ao estatuto de potência de paises como a China, Índia, Rússia ou Brasil, que por si só ocupam uma área muito superior à Europa no seu conjunto e que, a prazo, relegarão os pequenos Estados que compõem o Velho Continente para um estatuto de inferioridade política, económica e militar. O Reino Unido tenta contornar esse problema de dimensão na aliança com a sua antiga colónia norte-americana, reconhecendo o seu estatuto de inferioridade mas permitindo que a sua voz se continue a ouvir na nas sedes de poder das relações internacionais. A guerra do Iraque é um exemplo flagrante do preço que as Ilhas Britânicas estão dispostas a pagar para manter o seu protagonismo.

É neste contexto que poderemos indagar: porque motivo o Reino Unido não assume uma posição de dianteira na União Europeia, tal como a França e a Alemanha, que lhe permitiria ter, igualmente, uma posição de destaque neste mundo globalizado? Recordemo-nos que a sua entrada na Comunidade foi tardia e sempre em regime de "serviços mínimos". Por exemplo, o Reino Unido não aderiu à moeda única, mantém o seu banco central e uma contribuição para o orçamento comunitário muito abaixo daquilo que seria normal à proporção da sua capacidade económica.

A que se deve este cepticismo? A resposta, uma vez mais, está na história. Para os britânicos a Europa foi sempre uma fonte de problemas. Sem grandes preocupações em ser exaustivo e sem referir a célebre rivalidade franco-britânica ao longo de toda a idade média e princípio da idade moderna  - a mais conhecida das quais foi a Guerra dos Cem Anos - façamos um breve apanhado ao longo dos últimos 200 anos para perceber este antagonismo.

Assim, neste período, a Europa Continental trouxe a Revolução Francesa e a subsequente tentativa de domínio de todo o continente pela França bonapartista,  que conduziu a uma guerra sem quartel, por terra e mar, onde os britânicos sairam vencedores. Depois do Congresso de Viena a Europa voltou a ser palco de conflitos internos pela definição de um espaço vital que envolveu, principalmente, o Império Austríaco e o Alemão, com intervenção de paises como a Itália que lutava pela sua reunificação -  às expensas dos Estados Pontifícios e dos Austríacos -  sem esquecer a Guerra da Crimeia. Esta sucessão de conflitos haveria de culminar com a Guerra Franco-prussiana de 1870 e a subsequente Comuna de Paris, que foi uma espécie de rastilho para dois acontecimentos que haveriam de flagelar, uma vez mais, o Reino Unido: O Imperialismo Germânico e a Revolução Bolchevique.

Entrados no século XX surge a Guerra dos Balcâs, a Primeira Guerra Mundial, a Guerra Civil Espanhola, a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria (cujo epicentro do conflito foi em solo germânico).

Em suma, para os britânicos a Europa foi sempre uma fonte de problemas e esta crise economico-financeira só vem contribuir aprofundar ainda mais este sentimento. Nunca como agora, o Reino Unido se compraz de estar fora da zona euro e deste turbilhão que todos os dias nos entra em casa através dos telejornais.  

publicado por Rui Romão às 08:36
link do post | comentar | favorito

.D. Afonso Henriques


.

.pesquisar

 

.Setembro 2013

Dom
Seg
Ter
Qua
Qui
Sex
Sab
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30

.tags

. todas as tags

blogs SAPO

.subscrever feeds